Backbone

Uma rede do tipo backbone é a que concentra o tráfego de níveis inferiores e o transporta a níveis superiores, a fim de que a informação chegue ao destino final.

Como os primeiros desenhos de rede eram lineares e se conectavam a uma espécie de espinha dorsal, essa infraestrutura ficou conhecida como backbone, que, em inglês, significa coluna vertebral. Com a evolução da engenharia de redes, surgiram outras topologias, em formato de anéis ou estrelas, por exemplo, mas a referência à anatomia humana permaneceu a mesma.

No Brasil, o primeiro backbone nacional nasceu no ambiente acadêmico, para atender a institutos de pesquisa e universidades. Ele foi lançado em 1992, por um projeto do então Ministério da Ciência e Tecnologia, e interligava dez capitais brasileiras e o Distrito Federal. Com capacidade na época de 64 quilobits por segundo, foi a primeira rede de internet no país com enlaces interestaduais e alcance internacional.

Esse projeto deu origem à organização social Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que opera a rede acadêmica, chamada Ipê, a primeira rede óptica nacional acadêmica da América Latina, inaugurada em 2005. O backbone da rede Ipê foi projetado para garantir não só a largura de banda necessária ao tráfego Internet usual (navegação web, correio eletrônico, transferência de arquivos) mas também o uso de serviços e aplicações avançadas e a experimentação. A infraestrutura engloba 27 Pontos de Presença (PoPs), um em cada unidade da federação, além de ramificações para atender a mais de 1,2 mil campi e unidades em todo país.

Sua capacidade é de alto desempenho, de até 300 gigabits por segundo, por se tratar de uma rede que atende a diversos centros de pesquisa que precisam transportar grandes volumes de dados. São as comunidades de física experimental, astronomia, biodiversidade, telemedicina, computação em grade e outras tantas que precisam vencer os desafios do big data para inserir a produção científica brasileira em um ambiente de colaboração global.